Quase Poesia IV






Meu amor, vou fugir. 
Vou ver as estrelas na noite quente
o cheiro da maresia 
beber a poesia das ruas no poente 
e a música do Vinicius 
Vou duvidar 
cair nos lençóis brancos 
de uma casa soalheira a brilhar 
deixar soltos os cabelos 
na relva molhada 
Vou respirar. 
Vou-me perder curada 
Vou experimentar a solidão 
a pureza de uma ausência
o travo amargo da saudade 
a sinfonia da impaciência.
Vou cair 
 por questionar 
por sentir 
o fogo que arde
no meu peito.

Mariana Ferreira, 12.º H



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