Reflexão breve





Corri até não poder mais
Corri até me faltar o ar
Corri tanto que não cheguei a levantar os pés do chão.
Falei até não poder mais
Falei até me faltar a voz
Falei tanto que não cheguei a dizer nada.
Escrevi até não poder mais
Escrevi até me faltarem as mãos
Escrevi tanto que não cheguei a deixar nada escrito.
Sonhei até não poder mais
Sonhei até me faltar a imaginação
Sonhei tanto que nunca cheguei a concretizar nada.

Calei-me (até não poder mais)
Calei-me (até me faltar o silêncio)
(Calei-me) tanto que os meus olhos disseram tudo.


Laura Santos, 12.º F

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