Poemas




“Sou aquilo que sou”

Todos me acusam de ser eu
Todos sempre me apontaram o dedo
Nunca fui de esconder
E isso nunca será segredo

Posso ter os meus problemas
Mas isso não é, nunca será, desculpa
Para poderem inventar dilemas
Que o seu verdadeiro ser oculta

Sempre tentaram rebaixar aquilo que sou
Sempre tentaram levar-me onde queriam
Mas toda essa gente que me acusou
Fugiu quando menos devia

Apesar de tudo, nunca fui de me deixar levar
Porque sou aquilo que penso, sou aquilo que sou
E nunca fui de chorar
Como muita dessa gente algum dia pensou






“A minha amizade”

A amizade nasce
A amizade cresce
A amizade acaba por morrer

Mas enquanto nasce
Enquanto cresce
E enquanto não morre, posso ser feliz com ela

Posso viver as minhas aventuras
Posso conhecer sítios que nunca conheci
Posso partilhar vidas, momentos
Posso sentir coisas que nunca senti

Por isso, com ela poderei talvez ir mais longe
Alcançar algo a que nunca cheguei
Viver
Pisar caminhos que nunca pisei

Ser feliz como nunca pensei
Foi talvez o que me levou
A ser aquilo que nunca imaginei
Sempre que contigo estou





“O que mais custa não são as palavras”

O que mais custa
Não são mesmo as palavras
Que algum dia voaram de uma boca
E que não foram minimamente justas

Apesar de tudo continuei a acreditar
Que podias ser diferente
Que te podia perdoar
Que podias não ser igual a toda a gente

Mas esperei e confiei
Em ti toda a minha vida
Até que me enganei e
Acabei por ficar num beco sem saída

No entanto, o que mais magoou
Foram os actos daquelas pessoas
De quem as tomou
E que decerto não foram boas

Acabei por ficar a pensar
Se algum dia essas mereceram
A tanta confiança, que eu confiei em dar
E com isso nada aprenderam

Ana Margarida Fonseca, Escola Secundária de Camões, 10ºE

Comentários

Anónimo disse…
Oh Ana, escreves tão bem... não tenho palavras :) está demasiado bom para definir.

Raquel 10ºE

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