A dor de pensar

 




 

Numa tentativa de descrever a mágoa que sinto sempre

que penso,

ressurge em mim uma cadeia de reflexões da qual não

me liberto,

por mais que tente.

 

“O que os olhos não veem,

o coração não sente”

mas olhos não tocam as linhas invisíveis

que me tecem o pensamento,

não contemplam o desespero

do cativo na própria mente.

 

As palavras murmuram e sussurram, insistentes.

E os medos crescem, incessantes e persistentes.

Tento dormir em busca de silêncio, vazio.

Mas até no escuro me perseguem,

noites a fio.

 

Sonho em libertar-me e ser capaz de voar,

mas nunca serei mais que um pássaro preso

na esperança de escapar.

Sofro tanto a pensar

quanto a parar de respirar,

mas antes peixe fora d’água

do que humano a delirar.

 

Diogo Sousa, 12.º L

 


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