A escrita





O Escritor é veterano

Na guerra entre o seu físico – humano, banal,

E intelecto – que come, bebe e veste arte.

 

Uma quimera burguesa,

A escrita é religião, seita, paixão

Plano ancestral, intangível, virtual

Um ritual exclusivo e abusivo.

 

A palavra é livre, mas o corpo é selvagem

Exige mais sustento do que o intelecto

Assim, o escritor é testemunha da loucura

Que é dar um preço à arte.

 

Presa nas engrenagens do mundo,

Escrever é viver e escrever é morrer.

 

Joana Amaral (heterónimo de Beatriz Faúlha, 12.º L) 

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