Deixei cair o coração

 



Deixei cair o coração,

no meio de uma multidão.

Barriga cheia de cerveja,

essa é que é a sensação,

à procura de um preenchimento,

uma ligadura para o incurável desalento,

de uma geração que não teve de ouvir um “não”.

Cara colada ao ecrã,

essa é que a sensação,

não importa o quão

sensível és,

deixa cair o coração,

não o apanhes não,

deixa-o espatifado no chão,

com a indiferença de uma nação.

Bebe mais um copo,

esquece a miserável razão,

de estares aqui e teres um coração,

e respirares o ar que muitos pensam já não,

existir nesta dimensão,

de menosprezo e abnegação.

  

Pedro Miguel S. G. N. C. , 12.º G

                                        


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