Confissões do Amarelo Outono I




Contando a história, de um escritor, inspirado outrora, pelo terror, e dor, e tudo o que é sofredor, conto agora, uma bela história de amor. Era uma vez, um amarelo Outono, onde eu chorava, o meu desapaixono, e tudo ela observava, do seu majestoso trono. Olhando, com olhos de ver, a verdade não quis transparecer, limitei-me ao imaginário, e deixe-o florescer. Avistava-me, de um castelo, observava-me, com um puro olhar singelo, eu, não retornava, o seu brilhar, era, simplesmente, demasiado belo. Com os longos cabelos loiros, poisados à janela, agora, observava eu, sempre com muita cautela, ela era tão bela, que até o meu puro coração congela. Corri, por entre as árvores, do amarelo Outono, algumas sem folhas, outras já com dono, ainda correndo, aproximei-me do trono, do mais belo ser, de todo este eterno sono. Amor, tão difícil de definir, tão fácil de sentir, e tão bom de deixar fluir. Estarei perdido, nos encantos do amor? Responde-me tu, soberana deste mundo, tão saturado de paixão e cor. Respondeu-me a soberana, com palavras de uma nobre tirana, que eu teria de tudo dar, se a quisesse conquistar.
Estaria eu a imaginar? Poderia eu, realmente conquistá-la? Ainda me estava a questionar, mas não podia desistir de tentar. Sempre me afastando, mas nunca de lado o seu olhar pondo, o que quereria a rainha do mundo do sono? Sentado, no mais velho banco, do amarelo Outono, ambiciono acordar deste eterno sono, e que não sejas somente o mais perfeito sonho.


Telmo Felgueira, Escola Secundária de Camões, 10ºE

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