Mente vs Coração
Vejo pássaros,
Vejo árvores,
Vejo gente,
Vejo mármores.
Vejo tudo mas não vejo nada,
Não distingo o chão nem a estrada.
Derrubada e destronada, a cabeça é erradicada ,
Mas ouvindo o coração, logo fica endiabrada.
Mas hoje é diferente,
Não consigo dormir,
Tanto a cabeça como o coração se encontram destronados,
Mas não tanto como o que está para vir.
Os animais fazem o que querem,
Mas eu não posso,
Estou limitado por algo intrínseco,
Algo mais letal que as garras que ferem.
Ontem, deparei-me com tal situação,
Indeciso entre dois caminhos,
Sem saber por qual escolher,
Como um pobre e perdido cão.
Encontrara duas raparigas,
Velhas conhecidas,
Que, sem dar conta, me ficam na cabeça como viciosas cantigas.
Uma mexe os meus sentimentos de uma maneira irrequieta,
Outra de uma maneira calma,
Aprecio ambas, mas escolher a certa,
Deixa a minha mente inquieta.
Tento o coração de seguida,
Mas este só bate para os dois lados da ferida.
Indeciso e perdido, não sei que fazer,
Quando de repente, uma aliança se decide fazer.
Cansado de tanta disputa,
O coração ouve a mente, e vice-versa.
Contudo, continuo indeciso,
Como uma estrutura imersa.
Não me soube decidir,
E hoje gosto mais de uma do que da outra.
Qual o porquê e qual a razão?
Isso não me diz nem a cabeça nem o coração.
João Dias, Escola Secundária de Camões,12ºE
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Raquel, 10ºE