“Água Mole em Pedra Dura, Tanto Bate Até que Fura”
A vertigem de uma folha em
branco – ou seja lá o que dizem.
As palavras começam a fluir,
a mão ganha certa urgência – ou talvez não...!
Agora já não está imaculada,
a folha. Daqui a nada estará cheia de riscos – de certa forma, o grotesco tem
algo de encantador, ou nem por isso?
Portanto, “água mole em
pedra dura, tanto bate até que fura” – será esta água diferente, talvez a
pedra?
A minha mão está calma, os
olhos no ar... Analiso a frase posta recentemente sobre a secretária: “Gosto
mais de pessoas do que de princípios, e gosto ainda mais de pessoas sem
princípios mais do que tudo na vida” ( O Retrato de Dorian Gray, Oscar
Wilde).
Lorde Henry é, agora, o meu
“tipo de pessoa”. É a versão antiga do “loucamente apaixonado” (o conceito de
que não nos devemos habituar e conformar,
mas “viver”).
Reparo, agora, que gosto de
coisas abstratas mais do que coisas concretas. A quantidade pedida pela
professora é concreta – qualidade nem tanto.
De qualquer maneira, para
quê continuar a escrever este texto sem qualquer inspiração? Desperdício de
tempo para todos.
Como eu uma vez disse, num
daqueles raros momentos de “lucidez”, “é forçar o que já devia ter cedido”.
Mariana Gomes, 11.º H
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Bia