A dor de pensar




Se há minutos estava grata ao pensamento, agora amaldiçoo-o. Tinha antes uma corrente de ideias que considerava inovadoras, mas, neste momento, só me parecem despropositadas e plenamente desinteressantes. Pensava que fluiriam no papel à mesma velocidade que se revelaram na minha mente, mas não consigo escrevê-las com facilidade e tornam-se demasiado mecanizadas, quando as leio em voz alta.

Por mencionar que amaldiçoo este tipo de pensamento, não quero dizer que não conheça a sua origem, porque conheço. Ninguém quer que as suas criações artísticas sejam medíocres. Concedo-lhe a devida importância e quero que a minha escrita evolua, bem como que tenha um impacto nos seus futuros leitores, por isso temo a mediocridade. Consequentemente, penso em tudo isto, enquanto sofro em antecipação à cerca da potencialidade, ou falta dela, de um texto que ainda não terminei de escrever.

 

Mariana Monaco, 12.º J

 

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