As palavras balançam
As represálias do amor são sentidas na sua conclusão
Dela brotam dúvidas como flor em botão
Sinto que me cegas, que me desvias
Acabo sempre desancorada
Até por ti ser de novo encontrada
Torno-me incapaz de vencer o arame das tuas palavras
Fico lá, presa, encalhada
e tu, levando a certeza que me restava,
(que pouco era e muita me faltava),
caminhas para longe,
para onde me tornei incapaz de voar
Cega de fúria, sem corpo para lutar
Nada mais consigo fazer do que gritar
As minhas palavras balançam ocas no ar…
Joana Roque, 12.º L
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