Carta




Évora, 1 de dezembro de 2010

A verdade é que,
Não me encaixo bem em lado nenhum. Sinto-me excluída. Ainda não consegui desvendar se por culpa minha ou dos outros. Provavelmente sou eu.
Tenho a noção de que ser assim, "um pouco" solitária, me faz bem. Reflito bastante e possuo uma capacidade de introspeção poderosíssima, que, infelizmente, não vejo nos outros. Com isso, vem também algo que me perturba: conheço-me bem e odeio-me. E acredito que é daí que advém esta separação que sempre senti que tinha com o universo (vês?, já passei de probabilidades a crenças, em apenas algumas palavras).
Preciso de ti, para me dizeres que não sou assim tão estranha, que não estou tão à parte da sociedade. Que está tudo bem, que vais estar sempre a meu lado para me reconfortar. Preciso do teu positivismo.
Nasci morta. Onde estás, para me dizeres que isto não é verdade?
Tua,

Maria.
12.º H

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