Haikus (breves odes à Natureza)

Se falanges falassem

Queixar-se-iam

Do algído do verão.

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Leão em chamas
Riem-se as hienas

Sob o cadáver.

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O cântico dos cisnes

Fez o ganso erguer-se

E ser mais belo.

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Descansa a lagarta

No seu casulo

Para mudar o mundo.

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No tremendo temporal

Folhas que caem

São a indiferença.

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Flores ardem e morrem

Diante de mim
Nesta distância de ti.

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Vício natural,

Sanidade química,

Tabacaria.
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O longo tronco
Do velho Castanheiro:
Vitalidade.

Pedro Castro, 12.º J